sexta-feira, 27 de junho de 2008

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Jornalista sem dinheiro se quiser paga mais caro

Em agosto o SJPMG promove o X Congresso Estadual dos Jornalista de Minas Gerias em São João Del Rey. Bacaninha.
Taxa de inscrição: 150,00 para jornalistas sindicalizados em dia (c/hospedagem) - 80,00 (s/hospedagem) 300,00 para jornalistas inadimplentes (c/hospedagem) - 160,00 (s/hospedagem) Aqui. Não tenho fontes, nem fatos e nem fotos, mas em geral, os inadimplentes não pagam pq não têm dinheiro (ganham "poquim" ou estão sem trabalho) Não é contraditório? Quem não tem grana paga mais? rs Com todo respeito aos que pagam (assim como eu...hehehe) ... e os não sindicalizados, talvez por não acreditarem na eficiência do sindicato. Ia ser bacana se os inadimplentes ou não sindicalizados fizessem seu próprio Congresso. É só para constar. Um beijo, um browse, um aperto de mouse (plágio Rosana Hermman)

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Notícia retirada do Sindicato Jornalistas do Rio Grande do Sul

Estudante de Jornalismo com paralisia cerebral apresenta monografia pioneira Na tarde desta terça-feira, dia 24 de junho, o aluno de Jornalismo do Centro Universitário Metodista / IPA Eduardo Purper, de 22 anos, passou por banca avaliadora de sua monografia de conclusão de curso. Dudu, como é conhecido, produziu o trabalho 'Análise Semiológica de Narrações de Futebol' totalmente em áudio, como forma de superar a dificuldade de coordenação motora imposta por uma paralisia cerebral. "Meu pai gravou em fitas o que eu anotava nos livros, aí eu ouvia e ficava com o que iria falar pronto", explicou o graduando. O auditório do estúdio de rádio do IPA esteve lotado de familiares, professores e colegas, além da RBS TV e TVE, que enviaram equipes de reportagem. Fotos: Marcio de Almeida Bueno Purper apresentou sua monografia com ampla cobertura de veículos O futuro jornalista, que é cadeirante, faz parte da primeira turma de Jornalismo do Centro Universitário Metodista, de Porto Alegre, já lançou um livro sobre futebol, com prefácio de Ruy Carlos Ostermann, e apresenta o programa semanal 'A palavra é sua', na Rádio IPA, entre diversas outras atividades. "O Eduardo foi o primeiro aluno que me surpreendeu, pois ele compreende a lógica da Semiótica. E ele nunca foi encarado como diferente, até pelos processos de inclusão da universidade", explica a professora orientadora da monografia, Mariceia Benetti, coordenadora do curso de Jornalismo. "Tanto a Fenaj quanto o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS querem que Eduardo seja um símbolo da luta pelo diploma em Jornalismo", apontou Léo Nuñez, diretor do Sindicato e também professor da instituição. Purper será um dos primeiros jornalistas com paralisia cerebral no Rio Grande do Sul, e pretende trabalhar com suas duas paixões - futebol e rádio.
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terça-feira, 24 de junho de 2008

Candidatos corruptos, mas nem tão corruptos assim!

Lendo um artigo do Presidente do Instituto dos Advogados de Minas Gerais - José Anchieta da Silva - Corrupção e eleição (EM 21/06/08) - sobre a votação da matéria no STF que poderia impedir a candidatura de políticos com "ficha quase suja" (mas que não impediu pois, quatro ministros (a três) votaram contra a proibição), entendi porque o Supremo não poderia fazer tal proibição.
"A precipitação em relação à matéria pode conduzir à apenação (condenação) de inocentes"
De fato, os leigos, obviamente, em sua subjetividade, condenam os que votam contra à alguma coisa, que em tese, parecia ser a vontade da maioria. Eu fiquei imaginando qual seria o motivo pelo qual esses quatro ministros do STF votaram contra uma matéria que poderia representar um marco nas mudanças do cenário podre político brasileiro. José Anchieta da Silva diz que não compete ao judiciário cassar o direito de nenhum candidato, pois ele (o judiciário) estaria também punindo o eleitor no seu direito de escolher. Tá certo, mas eleitor que vota em Maluf, em Clodovil, em João Magalhaes não sabe votar. Ele diz também que quando a setença vier, se o coitado for inocentado, "ter-se-á praticado um mal irreparável, porque o pleito eleitoral já terá ocorrido". Que pena para ele. Então tá! Não vamos negar os processos e nem negar o princípio da ampla defesa, mas é sabido que, nenhum político (na minha subjetividade) é condenado a nada por aqui. Pode até ser que a justiça consiga trazer de volta os 120 milhões de dólares que o Maluf levou pra fora, depois de tanta benfeitoria em SP. Mas, o pobre e injustiçado Maluf, nem ficou tanto tempo preso assim, nunca provou o contrário, e ainda vai ser candidato a prefeito da mesma cidade. Que dizer, ele poderá continuar praticando os mesmos "possíveis delitos", porque o STF deixou, afinal tá provada que o povo não importa que políticos "suspeitos" de corrupção tenham o nome sujo. No dia 12 de junho, último, Eduardo Azeredo também teve seu processo arquivado. Ai gente. É claro, né! Ou alguém achou que ele seria preso e condenado a devolver o dinheiro no caso do mensalão mineiro? Ai tem dó. O STF não deixa não. O João Magalhães, que virou político na minha opinião, para enriquecer, também não vai devolver a grana do PAC, (que lóooooogico, também seria desviada), e nem vai ser preso; provavalmente, renunciárá, para não perder os direitos políticos, e voltar em 2011. E para finalizar, Anchieta afirma que "é preciso que o multirão social se dê em torno da conscientização da importância do voto, cujo valor é maior do que a sentença judicial...a justiça não molda o caráter das pessoas". Tá bom, eu sei que o voto compreende também um julgamento, sei também que isso se faz por meio de edução e reeducação, nas palavras de Anchieta, mas não é o caso do Brasil. Se assim fosse, mesmo com tantos investimentos na área, as pessoas saberiam diferenciar um bom ou um mal político, ainda que só por meio da imprensa.
Notícias do dia sobre o assunto: http://www.amb.com.br/portal/index.asp?secao=mostranoticia&mat_id=14116 http://www.amb.com.br/portal/index.asp?secao=mostranoticia&mat_id=14110

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Destino do Jornal - repassando, porque eu ainda não li

Fuçando o ciberespaço encontrei o livro "O Destino do Jornal" de Lourival Sant´Anna. No livro, está a opinião e a análise de nomes importantes dos três principais jornais de circulação diária do país (O Globo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo).
Na minha humilde opinião, acho que diferentemente do que NÃO aconteceu com o rádio pós chegada da TV, o jornal impresso sucumbirá diante do gigantismo mediático e imediato da internet(até a TV vem perdendo público para o PC). Enquanto o rádio a tv e a internet interagem em linguagens rápidas e convergentes, o jornal, atrasado em um dia, ainda busca literatura para atrair novos e antigos leitores. Não vejo jovens lendo jornal, vejo jovens passando um olho nos títulos dos sites de notícia. De vez em quando vejo, espalhados por aí, esses jornais populares tipo tablóide de 0,25 em mesa de boteco, salão de beleza e mercearia. Talvez seja esta a idéia: produzir tablóides de leitura rápida e sem nenhuma consistência para os que ainda não vislumabraram o potencial de informação do mundo virtual. Leitura para saber, mas não para informar e refletir. Não vai ser amanhã o fim do jornal impresso, mas é sabido que as novas gerações estão interessadas no que o ciberespaço tem de novo no próximo mês. É, em tese mais barato buscar informação diária pela web; não suja as mãos, não precisa sair de casa, a leitura é rápida, não precisa abrir os braços demais para se ler algo, e por aí vai. Acredito que só os mais velhos continuem com sua leitura diária do papel, além dos estudantes de jornalismo (nem todos, claro), o pessoal ligado à comunicação e aqueles que lêem até bula de remédio (que são poucos). Eu sou a favor da continuação do jornal impresso, sobretudo, em prol dos jornalista. E acho muito prazeroso abrir, ainda que com muita dificuldade, aquelas páginas enormes do diário. É como uma caixinha de bombons, cheio de novidades. Pode ser que eu mude de idéia depois de ler o livro, mesmo porque, não tenho nenhuma personalidade. (abaixo, análise retirada de uma palestra de lançamento do livro - por Daniela Bertocchi)
  • O jornal precisa mudar sua vocação informativa e partir para a análise e reflexão.
  • Apesar do número de leitores e o tempo de leitura terem diminuido na última década, hoje temos uma das maiores tiragens de jornais dos últimos anos, isso graças às publicações distribuídas no trânsito e nos meios de transporte públicos.
  • O jornalista precisa aprender a aliar o seu lado “jornalista romântico” à rentabilidade, pois umas das razões da crise financeira que abala os jornais hoje em dia é fruto de uma administração familiar aliada a decisões e projetos que não se sustentam financeiramente.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Apresentadora de 5 anos assiste novela Pantanal

Pois é, Estava eu na minha manhã de sábado entendiante, quando, fazendo um "tour" enlouquecido com o controle remoto, parei no "Bom Dia e Cia" do SBT. Programa infantil diário, apresentado por uma dupla muito estranha, que sempre morro de vergonha quando vejo. Aos sábados, o programa é apresentado pela fofa da Maísa Silva; uma garotinha linda, de cachinhos artificialmente enrolados, e que fala e faz tudo conforme manda a direção. Tudo mesmo. No último sábado (14/06), a pequenina foi mais uma vítima de Silvio Santos, desesperado por audiência, publicidade e muito mais dinheiro. A pobre garotinha teleguiada pela direção, disse para "quando acabar a novela da Globo, A Favorita, mudem de canal e assistam Pantanal", até aí tudo bem, já que é empregada do moço, tem de falar. O problema, foi quando ela disse: "porque eu assisto, assiste também, você". Aí o mundo acabou. Aqui, fiquei imaginando, então, a pequena Maísa, às dez horas da noite, sentada esperando a novela começar....vendo homem e mulher pelados namorando... Tadinha, é claro que ela não assiste, mas essa direção poderia se ater aos detalhes, uma vez que a apresentadora chama o público do programa (crianças) à assistir também ao que ela vê....vixe Maria. Pelo menos engraçado foi.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Carro desengrenado

Hoje, em um dos meus momentos "modelo de prova de roupa" de ser, estacionei o carro num morro e esqueci de engrenar o carro. Para minha felicidade, havia uma moto estacionada atrás do carro. Felizmente ou infelizmente, a moto impediu que minha carroça descesse morro abaixo. Diga-se de passagem, que morro. Saí correndo descalça com um vestido dourado liiiiiiiiindoooooooooo. Desesperada. Claro que briguei, mas foi com um naniquinho (nanico já é pequeno, eu sei) amigo do dono da moto. Não sei pq todo homem baixinho é encreiqueiro. Ah! claro que a conta do deslize vem mais tarde. E vamo que vamo minha gente.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Mapa da Diversidade Sexual em todo Brasil

Tudo que acontece no mundo GLBT pode ser encontrado neste site. Tudo de bom Os homofóbicos que se cuidem. DIVERSIDADE SEXUAL É AQUI

sexta-feira, 6 de junho de 2008

"Remar e velejar pode, nadar não pode"

Você teria coragem de remar, canoar ou velejar na lagoa da Pampulha? Sentir aqueles respingos daquela água limpinha e cheirosinha na sua cutis?
Pois saiba vc que em breve, muito em breve, já para este ano, segundo especialistas, a prática destes esportes náuticos será liberada para os corajosos do ramo. Nadar não pode. Quem sempre reclamou, assim como eu, da falta de lazer nos arredores da lagoa, não terá mais do que se queixar. Será possível ver a moçada bonita esquiando, sorrindo, os namorados remando, como num comercial de pasta de dente. De tão bonito vai ter gente até pulando n´água. Em matéira publicada no EM(só para assinantes). Integrantes do Consórcio de Recuperação da Bacia da Pampulha afirmam que a poluição da água está em nível 3. Isso quer dizer que já dá para usufruir do laguinho sem poder, ainda, sair nadando por aí. E só vale para os arredores da Casa do Baile, do Museu e da Barragem, ou seja, só a parte bonita, porque a feia, em Contagem, ainda tem muita coisa pra ser feita. É lá, (56% das águas da bacia da Pampulha estão em Contagem) onde há precária infra-estrutura de saneamento, disposição inadequada de resíduos (aterros) e líquidos (postos de serviço e oficinas). Sem falar nas redes de esgoto que apresentam fugas de dificil identificação. Fora os lixos gerados pela alta densidade populacional no entorno. Na região industrial de Contagem, o CINCO, as atividades industriais despejam resíduos que ajudam a degradar a qualidade da água. Segundo, claro, estudos realizados nos últimos cinco anos. Mas de acordo com especialista na reportagem do EM: “A Copasa faz um trabalho de limpeza de córregos que abastecem a lagoa e a represa de Várzea das Flores. Foram implantados interceptores e os esgotos caem direto em uma estação de tratamento. Antes, iam para o córrego e, conseqüetemente, caíam na lagoa”. Aí, quando a lagoa estiver limpinha, será a vez dos comerciantes abrirem bares, boites, pubs, novos parques, clubes lotados, moradores reclamando, prédios sendo construídos, enfim, coisas da roça grande. Bom, é ver para crer.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

ARTUR DA TÁVOLA

"...só quando o ser humano aceitar conviver com seu lado louco, ele começa a se aproximar da cura. Negar a loucura é tão louco quanto ela..." (amigo de Artur da Távola)
Coincidência ou não, encontrei um livro velhinho, de 1986, (TEXTOS: COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO) de Antônio Simplício Rosa Farias e Agostinho Dias Carneiro, ed Ao Livro Técnico S/A. Lendo os artigos que compunham o livro; li, entre tantos, Cecília Meireles, Mário de Andrade, Chico Buarque de Holanda, Ferreira Gullar e Artur da Távola. Este último (Paulo Alberto Monteiro de Barros), morto em 09/05 (recente mesmo), tão famoso pelo pseudônimo e pela atuação no cenário político e da imprensa e pelo "Quem tem medo de música clássica" da TV Senado, escreveu, nas páginas 32, 33 e 34: "Violência, TV e Criança: O começo de uma nova era. Será?"
Já há 22 anos, a violência na tv, a loucura cotidiana e a questão ecológica já eram tidos como preocupações para o futuro. Engraçado que esses mesmos assuntos continuam sendo discutidos, mas, ainda que a sociedade esteja mais consciente e mais engajada, pouca coisa mudou para melhor. Aliás, pelo contrário, a tv, embora esteja com cunho mais social, ainda é um veículo de disseminação diária da violência; hoje estamos preocupados com a escassês de comida, com o aquecimento global, bla, bla, bla, e a loucura continua. Sei que não é nenhuma novidade para os acadêmicos e para os teóricos da comunicação, tal artigo, mas achei muito interessante ter encontrado este livro no meio de tantos outros livros velhinhos. Acho super conveniente postá-lo aqui, sobretudo, pela recente morte do autor. Segue, abaixo, artigo na íntegra.
Violência, TV e Criança: O começo de uma nova era. Será?

Muita gente culpa os meios de comunicação por disseminar e incentivar, através de programas e notícias, a violência no mundo. A tevê então é a principal acusada deste malefício à sociedade.

Acontece que os meios de comunicação são considerados, por estas mesmas pessoas, como causa de alguma coisa e não reflexo e causa ao mesmo tempo, num processo interativo, como pessoalmente creio ocorrer. Quer dizer: a tevê não é a causa das coisas, das transformações, dos fatos. Não. Ele é o veículo. É meio pelo qual as coisa, as transformações e os fatos chegam aos indivíduos.

Pois bem, é neste ponto que três temas passam a ser profundamente entrelaçados e discutidos, adquiridos a maior importância em qualquer sociedade: criança – violência e televisão.

As crianças, estas aí. No Brasil, sessenta por cento da população têm menos de vinte anos de idade, o que desde logo dá a devida magnitude do problema.

A violência também está aí mesmo. Com uma diferença: ao longo da história do mundo ela sempre esteve presente. Só que lá longe. Agora, graças aos meios de comunicação são as pessoas, em suas casas, as que estão presentes a ela. As gerações anteriores, para saber das guerras, ou viam “idealizadas”, glamourizadas e heroicizadas no cinema, ou liam a respeito nos livros de história. Hoje, ninguém idealiza nada. Vê. Vê, via satélite. Não falar em proporções assustadoras, tanto no resto do mundo como aqui bem perto, em cada esquina.

Pergunto eu: será o incentivo à violência o resultado único desse processo de informação em escala mundial?

É preciso lembrar, por exemplo, que muito da campanha de opinião pública contra a guerra do Vietnã nos Estados Unidos deveu-se à cobertura instantânea da televisão. Nada é estático. O que divulga também provoca resistência. Hoje as pessoas deixaram de ter a violência como algo sempre distante, algo que “só acontece com os outros”. Logo, repudiar a violência é tarefa comum.

Não é verdade, igualmente, que os meios de comunicação só disseminem a violência. Quem acompanha de boa-fé, assiste ao alerta diário destes meios contra todas as formas de violência e as ameaças de destruição tanto da terra quando da espécie, no caso de persistirem as ameaças nucleares e as afrontas ecológicas.

Ninguém agüenta tensões prolongadas. A humanidade está podendo se ver a cada dia. Está podendo julgar e avaliar a que levam os seus desvarios. Está se conhecendo em seus máximos e em seus mínimos, em suas grandezas e em suas patologias, como nunca antes da televisão fora possível. Está secretando os anticorpos à violência e as atitudes necessárias a sua sobrevivência. Está consciente de que a ameaça é conjuntural. De que ou o homem se entende e redescobre o Direito estabelecendo seu primado, ou se aniquila: no macro do mundo no micro de cada comunidade.

E as crianças? Elas estão assistindo a tudo isso. Elas, por definição, são mais saudáveis, mais instintivas, mais purificadas. Ninguém vai lhes contar histórias sobre guerras: elas as acompanham. Sobre os atentados brutais: elas os vêem. E no segredo de sua psique, ainda plena dos instintos vitais, seguramente elaboram os mecanismos de defesa necessários à preservação da vida.

É analisando estes assuntos que me recordo de uma tese, estranha, mas séria e digna de reflexão, de um amigo meu, médico, homem de idade, sabedoria de ciência. Diz ele que nunca como hoje a humanidade pôde conviver tão de perto da loucura. Ela entra diariamente através dos noticiários, dos fatos e das imagens, enfim, da comunicação moderna. E acrescenta: só quando o ser humano aceitar conviver com seu lado louco ele começa a se aproximar da cura. Negar a loucura é tão louco quanto ela. Aceitá-la como dado desse eterno conflito em superação no caminho absoluto que é o homem, significa poder entrar em relação com a doença e só assim tratá-la, superá-la, dimensioná-la, aproveitar o fluxo de sua energia desordenada para a tarefa de reconstrução humana.

Desnecessário dizer que ele é psiquiatra. Como necessário é concluir o artigo dizendo: concordando ou não, sua tese merece reflexão. E perguntando com pavor: será mesmo necessário pagar um preço existencial tão alto para se ter esperança que ela venha com as crianças deste país que sei (por intuição) serão os pontais de uma civilização espiritualizada que há de emergir (já está começando) das cinzas da violência, se possível antes da generalização desta como única forma de resolver os conflitos e as diferenças entre os homens. Eros e Tanatos, sempre. Mas o amor é maior que o ódio.

(O autor ARTUR DA TÁVOLA é cronista especializado em televisão, ainda que seu temas não fiquem restritos a ela. Publicou uma séria de livros, abordando temas de discussão atual. - extraído do livro TEXTOS: Compreensão, Interpretação e Produção - ed. Ao Livro Técnico S/A. 1986.)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Coisas que perdemos pelo caminho

ou Coisas que perdemos no incêndio. Por isso, "aceite as coisas boas". É só uma dica de filme. Que sinceramente, acho que todos deveríamos passar por algo dessa natureza, para deixarmos o egoísmo de lado e deixarmos de pensar em nós mesmos. ...e a trilha sonora....é de chorar...“Sweet Jane”