terça-feira, 7 de outubro de 2008

O jeito "esperto" de votar

Têm pessoas que acreditam piamente que são espertas. No Brasil, esperteza têm sinônimo de competência. No domingo, dia das votações, percebi uma meia dúzia de eleitores chegando, a cada cinco minutos, nas seções eleitorais. Estas "meia duzia" chegavam com uma criança no colo. Em um único momento, chegaram duas pessoas, cada uma, com um 'filho' nos braços. Até aí tudo bem, afinal, é domingo, não tem ninguém para ficar com as crianças em casa, portanto, a necessidade de levá-las para um momento tão importante.  O problema começa, quando aparecem crianças (mínimo de 16 anos) para votarem, segurando outras crianças. Ou homens, com aproximadamente 45 anos, segurando crianças que já andam. Em uma situação mais descabida, uma senhora, de 80 anos, aparentemente, com dificuldades para caminhar e sendo segurada por uma mulher e outra menina, acredito filha e neta, respectivamente. Esta mesma senhora segurava um bebê, cujo corpo, se curvava para o lado, já que a idosa não aguentava segurar nem o próprio corpo. Como se a condição de idosa já não bastasse para que ela tivesse preferência na fila de votações, condição legítima de pessoas acima de 62 anos. Uma ignorância e uma forma de dramatizar uma situação já dramática. Não sei se é ignorância ou mania de se acharem espertos. Usar crianças de colo ou nem tanto, para terem preferência em qualquer tipo de atendimento, dá muita preguiça dessas coisas.

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